Roteiro do Léo: de Los Angeles a Las Vegas – Parte III

Roteiro do Léo por Los Angeles e Las Vegas! Muita gente não tá acreditando na paciência do Léo de escrever tudo isso pra ajudar os viajantes daqui. Vou pedir uma coisinha pra vocês, por favor, poupem o Léo de mais perguntas 🙂 . Ele já foi super gentil com todos nós, e o relato dele não poderia ser mais detalhado. Por favor, dirijam novas perguntas ao blog e aos leitores em geral. Se o Léo quiser passar por aqui de vez em quando será um prazer, mas a última coisa que quero é que ele se sinta na obrigação de vir aqui pra ajudar (mais!).

Aqui segue a última parte da viagem do Léo, o trecho de Los Angeles a Las Vegas!

Roteiro de Los Angeles a Las Vegas

LOS ANGELES

Dica n°1! Programe seu GPS pra passar por Malibu. Bote qualquer endereço de lá! Pode colocar por exemplo, o restaurante Nobu – 22706 Pacific Coast Hwy. Se não fizer, você vai deixar de entrar por LA por um lugar imperdível. A não ser que você queira passar pelo Camarillo Outlet (740 E Ventura Blvd, Camarillo, CA 93010, tel 1 805-445-8520). É o maior outlet da região de LA, também da rede Premium Outlets, pra cair dentro de mais compras.

Hospedagem

A minha área preferida para me hospedar em LA é Santa Monica. Junto com a região de Beverly Hills/West Hollywood tem as opções mais caras, mas são melhores mesmo. Santa Monica é a beira-mar, Beverly Hills é área nobre mais pra dentro da cidade. Além dessas você pode se hospedar em Hollywood, que é mais barato, mas meio decadente. Venice Beach/Marina Del Rey – praiana também, meio bolo doido a praia. É como se fosse Copacabana e Santa Monica fosse Ipanema, mas é ok. E finalmente em Downtown – centro da cidade, hotéis de nível muito bom com custo melhor que Beverly Hills e Santa Monica, mas sem muitas atrações turísticas por perto.

Acabei ficando no Ramada Limited Marina Del Rey, hospedagem simples, estilo motel, mas que atendeu muito bem por que o quarto tinha bom conforto, internet, café da manhã simples mas decente e estacionamento na porta do quarto incluídos na diária, o que é difícil encontrar em outros lugares. Ótimo custo x benefício pra quem só chega no hotel pra tomar banho no final do dia e dormir.

Carro

Em Los Angeles você tem que estar de carro, transporte público não funciona muito bem lá não e a cidade e região metropolitana são gigantes. Prefira o final de semana, que o trânsito é mais ameno. A cidade é cortada por várias freeways, mas mesmo assim engarrafa. Dica: se você estiver em uma freeway na hora do rush engarrafado, a pista da esquerda funciona no esquema carpool, que é uma faixa exclusiva para quem está com duas ou mais pessoas no carro. Como dificilmente você estará sozinho, pode meter na faixa da esquerda e passar batido pelo congestionamento.

Venice Beach

No sábado, a programação foi: rolezinho por Venice Beach, do píer até a parte chamada Muscle Beach. Interessante, gente de tudo quanto é tipo circulando, andando de skate, patins, bike, muito artista de rua fazendo performances em troca de umas moedas, loja vendendo maconha medicinal mediante consulta médica feita na hora, resumindo, bolo doido como se diz aqui na Bahia… almoçamos no restaurante Gjelina (1429 Abbot Kinney Blvd). A Abbot Kinney Boulevard é uma rua só de lojas transadas de designers locais, restaurantes bacanas, mais na pegada orgânico.

Outro restaurante bom: Tasting Kitchen, também por lá. Qualquer outra opção desse link aqui me disseram que é boa: http://blog.zagat.com/2013/03/15-best-restaurants-in-venice.html. Pra quem gosta, em Venice tem a Deus Ex Machina, filial de uma loja famosa de Bali aonde são feitas motos e pranchas incríveis. Depois, fomos curtir o pôr-do-sol no roof do Hotel Erwin, que me disseram ser animado, com muitos jovens e DJ, mas no dia tava mais ou menos.

Depois, banho e partimos para o show do Avicii no Hollywood Bowl. Chegamos lá sem ingresso, mas como todo lugar do mundo, morremos na mão do cambista, por 70 dólares (aí a gente vê como o Brasil é caro, acabei de pagar 350 Reais no 2° lote pra ver o David Guetta aqui).

Beverly Hills

No domingo pela manhã demos uma circulada por Beverly Hills, em especial ali na Rodeo Drive, talvez a rua mais famosa do mundo de grifes famosas, por que a Nanda queria de qualquer jeito comprar um óculos Celine, difícil de achar por que a Kim Kardashian nos EUA e a Sabrina Sato no Brasil estavam usando, aí já viu não é? Esgota no dia que chega. Mas ela achou e ficou muito gata com ele.

Hollywood

Em seguida fomos ver o famoso letreiro de Hollywood. Dica: você não consegue chegar até lá como no Cristo Redentor, então bota no GPS o endereço 3000 Canyon Lake Drive, que é o local mais perto para ver o famoso ponto turístico e bater fotos. Vai levar uns 15 minutos no máximo lá. Depois fomos almoçar no Katana (8439 West Sunset Boulevard, em West Hollywood), japazinho top, ótimo ambiente e muito bem frequentado.

Pela tarde fomos pra Santa Monica, rolezinho no Pier e no parque de diversões na beira do mar, depois subimos pra parte alta de SM, caminhada pela Ocean Avenue apreciando a vista pro mar do alto, e pela Third Street Promenade, outro shopping a céu aberto, rua cheia de lojas famosas, que não passa carro, bem turística, e menos crowd após o fim de tarde, vale dizer. Se for comer por lá, o Locanda del Lago (231 Arizona Ave) é um italiano de ótimo custo x benefício. Se você for pra LA no verão e primavera, domingo no fim de tarde vai no The Bungalow, na Ocean Avenue, Dj e gente bonita compõem a paisagem.

Six Flags Magic Mountain

O último dia de LA foi reservado pra realizar o sonho da Nanda: conhecer o melhor parque de montanhas-russas do mundo, o Six Flags Magic Mountain (26101 Magic Mountain Pkwy, Valencia). Tudo lá é o maior do mundo, “a maior montanha-russa em pé do mundo”, “a maior despencada do mundo”, e por aí vai. Tem acho que 17 atrações de nível médio e difícil. Pra quem gosta, o paraíso. Pra mim, que a única altura que encaro mesmo são ondas grandes, um comprimido de Propanolol pra dentro pra controlar a ansiedade e cortar a liberação de adrenalina e vamos nessa.

Compre o ingresso antes, do Brasil mesmo (http://www.sixflags.com/magicMountain/index.aspx), que você ganha um bom desconto, poupa dinheiro e tempo na hora de entrar. É só imprimir e entregar na entrada que o acesso é direto e sem burocracia.

Na saída do parque, fizemos um almo-janta no Red Lobster (27524 The Old Rd, Valencia), que fica na beira da estrada principal, quase colado com a rua. O Red Lobster é o melhor custo x benefício do mundo que eu conheço pra se comer frutos do mar. Um prato sai de 18 a 24 dólares e você só não deixa sobrar por que é pecado desperdiçar lagostas e camarões mesmo se você estiver lotado de comida.

No dia seguinte, última parada da trip. Las Vegas, pra tentar recuperar o dinheiro investido na viagem nos cassinos…

LAS VEGAS

De LA a Vegas você vai levar de quatro a quatro horas e meia, estrada tapete, várias pistas, retona, padrão americano. Bacana cortar o deserto dos Estados da Califórnia e Nevada curtindo um Red Hot Chili Peppers ou um Dave Matthews Band e a companhia mais agradável do mundo da minha princesa.

Paramos no caminho em Calico Ghost Town (36600 Ghost Town Rd, Yermo). Fica mais ou menos no meio do caminho, logo após a cidade de Barstow. Tem indicação na beira da estrada e você não desvia quase nada do caminho. É uma cidade-fantasma naquele melhor estilo faroeste (antigas minas de prata que se esgotaram), a cara do filme Rango. Os caras deram uma guaribada e botaram pro turismo, vale a pena perder uma horinha por lá.

Las Vegas Boulevard ou Strip

Programe o GPS pra chegar em Vegas pela Las Vegas Boulevard, mas conhecida como Strip, principal rua aonde estão os maiores e melhores hotéis. Na cidade você tem estacionamento gratuito em todos os hotéis e lugares onde passar, então vale a pena ficar com o carro.

Em Vegas ficamos no The Cosmopolitan of Las Vegas (3708 South Las Vegas Boulevard, tel 1 (702) 698-7000, http://www.cosmopolitanlasvegas.com). O hotel é top, mais jovem e mais bem frequentado do que outros que já fiquei. Se você quiser tirar aquela onda, pegue uma suíte com a Fountain View, que nada mais é do que a vista para o espetáculo das águas do Bellagio, da réplica da torre Eiffel do Paris, do hotel Caesar´s Pallace, da réplica da London Eye, enfim, a mais bela visão de Las Vegas.

Espetáculos

Passamos três noites na cidade. Os espetáculos que escolhemos foram dois dos must-see de lá. O “O” do Cirque du Soleil, no Bellagio. E o Le Réve, no Wynn, além do show do Carlos Santana. Entre no Google antes da viagem e escreva “shows Las Vegas”, navegue e veja o que tem na data que estiver por lá e compre logo. Pra entrega dos ingressos, você tem a opção do “Will Call” na maioria dos espetáculos americanos, que significa retirar os tickets no local apresentando um documento e o cartão de crédito da compra.

Se você quiser economizar, existe uma empresa chamada Tickets for Fun, que vende ingressos mais baratos para shows no dia, nos lugares que sobraram. É uma opção também.

Restarauntes

Para comer Vegas é um dos lugares mais sensacionais do mundo. No jantar dá sempre pra conciliar o restaurante antes ou depois dos shows. Tipo, se você comprar o Cirque du Soleil pras 19:30, reserve a janta pras 22 hs e você curte duas coisas boas em uma só noite. Alguns restaurantes que fui e recomendo: Wolfgang Puck, no The Shop at Crystals, o L´Atelier de Joel Robuchon, e o Tao, no Venetian.

Esse último vale mais ainda por que, além da comida asiática diferenciada, você pede pro garçon te dar uma carimbada no pulso (é assim mesmo que eles fazem) e entra na boite deles bem ao lado sem pagar nada e sem pegar uma imensa fila na porta. Dias de quinta e sexta vale muito a pena, bomba mais. Divertido, e se você não for festeiro passa pelo menos uns 15 minutinhos lá pra ver como americano se diverte na balada, na pegada “what happens in Vegas stays in Vegas”.

Pra almoçar recomendo demais os buffets dos hotéis Aria (U$ 24/pessoa) e Cosmopolitan (U$ 26/pessoa). Não sou muito fã de buffet em geral por que tenho a imagem daquela coisa grandona estilo bandejão, feita em escala industrial, mas esses dois me fizeram rever esse conceito. No primeiro você, entre outras mil coisas, come pata de caranguejo à vontade, e no segundo (na minha opinião um pouco melhor que o do Aria), parece que o chef fez a iguaria só pra você. Bebidas, sobremesas, tudo incluído.

Compras

Se for às compras em Vegas, prefira o Las Vegas Premium Outlet North (875 S Grand Central Pkwy) ao Las Vegas Premium Outlet South (7400 S Las Vegas Blvd). Ao contrário do de Pismo Beach, o South não achei que vale muito a pena. O North é grande, mas não gigante, bem estruturado, e com muita variedade. Fica um pouco depois do Stratosphere. O hotel que tem uma torre gigante com restaurante que gira 360 graus ao redor da cidade. É um dos pontos turísticos de Vegas. Não recomendo comer. Apesar da vista ser privilegiada, a comida e o atendimento não são muito bons, caros pro que oferece.

Grand Canyon

E por fim, pra fechar com chave de ouro, fizemos o passeio de helicóptero pro Grand Canyon. Um dos dinheiros mais bem gastos da minha vida. A paisagem é show de bola! Única! Com certeza deve estar em algum livro de 100 coisas pra fazer antes de morrer. O helicóptero pousa no Grand Canyon. Você faz um piquenique brindando o momento com uma champa. O visual incrível daquelas montanhas e do rio Colorado, e volta pra Vegas amarradão, com a certeza que foi caro mas valeu a pena.

Tem duas empresas que eu recomendo, a Maverick (www.maverickhelicopter.com) e a Papillon (pt.papillon.com/‎). Vale a pena comprar já do Brasil. Fui pela Papillon, tava quase 100 dólares mais barato que a Mavericks, e com a mesma qualidade.

Duas dicas finais: se você não souber o endereço exato do lugar que for, use o aplicativo do Google Maps do seu celular. Coloque o nome do estabelecimento ele te leva certinho, sem errada. Dica 2: anote sempre o endereço exato dos lugares que você pretende ir, GPS funciona assim, só pelo nome você vai bater cabeça.

Bom, espero que esse relato, que tentei fazer o mais completo possível, possa ajudar muitos a passarem momentos diferenciados, únicos, como eu passei. Estejam certos que se escolherem conhecer esse pedaço da América tão especial viverão momentos incríveis.

Um grande abraço. Leonardo”