A difícil volta pra casa

Cheguei hoje de volta à São Francisco, depois de passar  5 semanas no Brasil. Dessa vez foram ferias mesmo; depois do Natal fui pra praia , ou melhor pras praias. Foram quase 3 semanas pulando de praia em praia e só voltando pra São Paulo pra lavar a roupa e mudar de destino. Ah, que delícia.

Mas como tudo que é bom acaba, aqui estou eu, pegando um friozinho de 10 graus e com meu bronzeado,conseguido à duras penas, totalmente coberto por meia, bota e capa de chuva. Não faz mal, ano que vem tem mais.

Vamos então falar primeiro da parte prática e depois das aventuras de uma viagem São Paulo – São Francisco.

Vim preparada pra enfrentar filas enormes por causa das novas regras de segurança, mas nada aconteceu. A única coisa que causou longas filas no aeroporto de Dallas e me fez  perder a conexão,foi a chegada de um jato militar que trouxe uns 200 soldados do Kuwait. Eles tem prioridade total pra entrar no país, e a fila da imigração ficou parada por quase ½ hora, até que eles todos passassem. Daí pra pegar a mala foi um caos, pois metade das malas já estava fora da esteira. As que ainda estavam em cima, estava viradas pra baixo. Vai achar 2 malas Samsonite pretas, de cabeça pra baixo, numa esteira lotada…. Quando finalmente consegui catar minha bagagem faltavam 15 minutos pro meu voo sair, mas daí me falaram que a fila da segurança estava enorme. Fui direto ao balcão da American Airlines e me colocaram no voo seguinte, 1 hora depois. Daí começa a parte da aventura.

Pra quem lê inglês, o jornal de São Francisco descreve os minutos finais do meu voo, até a aterrisagem. Pra resumir a história, foram 20 minutos de voo no meio das nuvens, sem enxergar nada, nadinha, uma coisa bem aflitiva mesmo. Depois de 20 minutos, dava pra perceber que o avião não estava baixando de altitude, ou pelo menos, continuava bem alto. Uma rajada de vento bem forte chacoalhou o avião, e o comandante falou bem rápido “Não podemos aterrisar em São Francisco por causa dos ventos. Vamos pro aeroporto de San Jose e pousaremos em 10 minutos”.

O avião pousou bem, e logo depois, de novo o comandante, com uma mensagem mais estranha “Senhores passageiros, por favor permaneçam sentados em suas poltronas. Se vocês olharem pra fora, verão toda a equipe de segurança desse aeroporto posicionada ao lado da aeronave. É que estamos com problema em um dos motores e precisamos ter certeza que isso não causará um incêndio”.

O engraçado foi que nessa hora, nem me deu medo, afinal eu já estava com meus pezinhos bem perto do chão. Com tudo isso cheguei com quase 4 horas de atraso, mas cheguei.

Já deveria começar  a procurar infomações sobre o que tem de novo na cidade, mas  agora preciso dormir. Me aguardem, amanhã estou de volta.